terça-feira, 6 de outubro de 2015

Portugal à frente… Mas em quê, e de quem?

Portugal à frente… Mas em quê, e de quem?



Eu até podia dizer que o próprio nome da coligação era, por si só, uma piada de mau gosto, mas, a julgar pelo resultado das eleições, parece que o nome, afinal de contas, deve fazer sentido. Aliás, eu estou convencido de que há toda uma realidade paralela para a qual ainda não fui convidado, ou apresentado. Pessoal, agora a sério, se sabem de alguma coisa que eu não sei, digam-me… eu também sou filho de Deus! E sim, pode ser por mensagem privada, compreendo que os lugares sejam limitados.

Tenho por hábito escrever as coisas de maneira bastante simples e objectiva, para que o recado passe para o maior número possível de pessoas. Hoje, não é excepção. Ora, feita que está a nota introdutória, passemos então aos factos.

Portugal à frente? Vamos lá ver isso, então :)

Podem ver aqui o retrato de Portugal na Europa, com dados concretos:

http://www.pordata.pt/ebooks/PT_EU2014v201405271200/index.html#p=1

É fácil de consultar e está à disposição de todos.

Hummmm, mas isto se calhar há alguma liga da verdade da Europa (tipo como há no Futebol), a que só a coligação tem acesso. Provavelmente, foi também aí que o Pires de Lima retirou aquela ideia de que Portugal tem potencial para ser uma das 10 maiores economias mundiais. Se bem que, bem vistas as coisas, depois ele fundamentou-o, dizendo que, se Ronaldo pode ser o melhor do Mundo, tal como Mourinho, não havia razões para Portugal não sonhar com isso. Claro, faz sentido… e ainda se esqueceu do Ricardinho (melhor jogador do Mundo em Futsal), o que reforçaria ainda mais a sua “tese”.

Aliás, cada vez que eu vejo os tugas a darem tudo em mais uma tentativa de entrada para o Livro do Guinness, regozijo e entrego-me às evidências… somos um colosso prestes a rebentar!

E se pensam que eu estou a gozar, atentem nisto: A maior aula de judo do Mundo; O maior arroz de lapas do Mundo... E isto são só alguns dos nossos feitos que fazem o resto do Mundo roer-se de inveja
Pá, eu não sou nenhum Pires de Lima, mas só vos digo: Índia e Rússia, vocês ponham-se a pau, que nós estamos lançados!

Vamos agora a algumas curiosidades.

12 de Setembro de 2012 - Cerca de um milhão de pessoas saiu à rua, por todo o país, manifestando o seu desagrado com a actual governação. Foi a maior manifestação desde o 1º de Maio de 1974.

Nessa altura, as sondagens mostravam a seguinte percentagem de intenção de voto:

PSD+CDS – 33% (O PSD tinha perdido 12% de intenção de voto e o CDS tinha subido 1% face a Junho do mesmo ano)
PS – 31% (Perdeu dois pontos face a Junho do mesmo ano)
CDU – 13% (Subiu 4% face a Junho do mesmo ano)
BE – 11% (Subiu 2% face a Junho do mesmo ano)

4 de Outubro de 2015 -
Dos 9.682.369 portugueses inscritos para votar, 43.07% não foram às urnas. Ou seja, cerca de quatro milhões cento e setenta mil pessoas não acharam relevante votar. A coligação PSD/CDS arrecadou cerca de 2 milhões de votos.

Resultado das eleições legislativas de 4 de Outubro de 2015:

PSD+CDS – 36.8%
PS – 32.4%
CDU – 8.3%
BE – 10%

Sim, já sei que intenção de voto não é a mesma coisa que voto, mas, para termo de comparação, serve.

Ou seja, face a 2012, o PS subiu 1.4%, o BE desceu 1%, a CDU desceu 4.7% e o PSD+CDS, para brindar o bom trabalho, subiu 3.8%.

Ora, isto leva-me a crer que, afinal, isto não está mau, algo de bom aconteceu nestes 3 anos… só pode! Pois, independentemente, da maneira que queiram pintar, a realidade é só uma, para cerca de 6.200.000 portugueses, isto está bom e o governo tem feito um bom trabalho que merece continuidade. Sim, leram bem, são cerca de seis milhões e duzentos mil portugueses, somando a abstenção e os que votaram na coligação que nos (des)governou nos últimos 4 anos.

Posto isto, resta-me afirmar que os portugueses têm, de facto, aquilo que merecem.

Isto faz-me lembrar aqueles casamentos em que, no princípio da relação, se fazem juras de amor eterno e promessas de todo o tipo… depois, ao fim de alguns meses, começam a surgir alguns desacatos, as primeiras falhas com o prometido. Passado mais algum tempo, começam as agressões. A mulher, revoltada, conta às amigas e amigos, que a aconselham a afastar-se… e ela parece decidida a fazê-lo. Mas depois, vêm novas promessas e ela decide dar mais uma chance… até ao próximo gancho de esquerda. Novo desalento, novo desabafo com as amigas, conselhos renovados e… desta é que é! E foi… até à cabeçada à Cais-do-Sodré que lhe partiu o pivô. Amigos e amigas dizem que ela precisa de ajuda, de acompanhamento de um especialista, que não está a conseguir pensar e agir bem. A mulher responde, dizendo que os amigos e amigas não a entendem e não estão a querer o bem dela, pois nem tudo é mau na relação. Ele ama-a, apenas tem uma maneira estranha de o demonstrar… e no fundo, bem vistas as coisas, ela sabe que é ela que tem de mudar, que é ela que tem de fazer cedências para que a harmonia do casal seja reposta. Inclusive, as coisas agora estão melhores, pois ela passou a usar Corega fixação extra forte e, a tendinite com que o marido está, segundo a mesma, faz que com que ele agora pareça uma menina a bater.

A meio dos 2 mandatos, peço desculpa, aos 6 anos de casamento, finalmente divorcia-se… o que terá sido a gota final? Ah, já sei, foi a de ácido, que este lhe despejou na cara.

Ah, e no meio disto tudo, quase que me esquecia de dar os parabéns a todos os partidos de esquerda que fizeram campanha contra o PS. Juro que, quem ouvisse o discurso destes no período de campanha eleitoral, ficaria com a impressão de que era o PS que estava no governo… qual papão, qual quê! Enfim, espero que tenham conseguido atingir os objectivos a que se propuseram: Roubar votos ao PS e entregá-los à coligação. Afinal de contas, os fins justificam os meios e se formos a ver, mesmo na condução, há aí tanta gente a confundir a direita com a esquerda ;)

E termino, dirigindo uma mensagem especial aos mais de 6 milhões de portugueses que contribuíram para o cenário em que nos encontramos, pois é importantíssimo que eles ganhem essa consciência: A partir de hoje, NÃO SE ESQUEÇAM que vocês tiveram parte activa e são responsáveis pelo que acontecer. Não se venham depois desresponsabilizar, ou queixar, à primeira oportunidade que tiverem.